Você se magoa fácil?
A mágoa, muitas vezes, nasce no momento em que observamos no outro algo que precisamos melhorar em nós mesmos. Vamos utilizar como exemplo o sentimento do orgulho.
O orgulhoso tem características pontuais, e podemos observar duas: precisa ser admirado e ter a voz da razão. O orgulhoso precisa receber mais energia do que pode dar. Vamos dizer que ele impõe o seu ponto de vista, pois de certa forma, muitas vezes, inconscientemente, sente-se “acima” dos outros.
O orgulho se fere muitas vezes, quando o orgulhoso observa alguém fazendo a mesma coisa que ele faria naquela situação ou numa situação parecida. Isso serve como um gatilho e sua reação pode ser: nossa, quanta prepotência, olha como esta pessoa está agindo, não tem cabimento uma coisa dessas.
Na verdade, não é como a outra pessoa está agindo, mas sim, como o comportamento dela reflete em nosso corpo emocional. Caso tenhamos algo a melhorar naquele sentido, a tendência natural é se magoar e invariavelmente, se isolar.
Utilizando o exemplo em vidas passadas
Certo dia Carlos, que se considerava humilde, estava em um curso a procura de aprendizado. Sua persona realmente se achava ser humilde (persona é o ser encarnado na vida atual). No momento da aula, o professor agiu de forma pouco convencional. Quando os alunos questionavam ou de alguma maneira colocavam um pouco a prova as ideias do professor, ele impunha seu ponto de vista. Não tinha paciência para ouvir um aluno. Parecia querer doutrinar as pessoas conforme seu ponto de vista. Palavras como: “só um pouquinho? Espera que você já vai ver isto? ”. “Você entendeu? Alguém conseguiu entender “meu” ponto de vista? ”.
Este comportamento fez com que Carlos sumisse da aula. Saiu esbravejando, não aceitando a situação, pois o “outro” não poderia agir daquela forma.
O que aconteceu com Carlos?
Nossas crenças são inconscientes. Vamos dizer que, tudo aquilo que precisamos aprender e melhorar em nossa personalidade, está escondido numa parte do nosso cérebro chamada ID, que é o inconsciente. Quando o professor agiu daquela forma, foi um gatilho para mostrar uma parte que o Carlos precisava melhorar, mas não queria que ninguém soubesse. Inconscientemente, Carlos pensou o seguinte: como este professor está agindo desta maneira, está mostrando esta parte que eu preciso melhorar em mim, está me “expondo”.
Sendo assim, para Carlos, o professor não era mais o professor, mas sim o próprio Carlos na frente do Carlos, agindo de uma forma que o Carlos não queria mostrar para ninguém, nem para si mesmo.
A cura
Carlos procurou ajuda, pois aquela sensação não passava. Na verdade, Carlos sentiu em si mesmo algo negativo que ele precisava melhorar, e isso feriu seu “orgulho”. Carlos sentia-se exposto a si mesmo, sentia vergonha de por tanto tempo, ter agido daquela forma sem notar. Carlos precisava ser admirado, idolatrado, receber muito carinho. Carlos amava as pessoas, mas não conseguia sentir-se “amado” devido a isso.
Carlos fez uma consulta de Psicoterapia Reencarnacionista. Apos a meditação inicial, foi sintonizado em uma vida onde Carlos era Didacus, na época medieval. Didacus estava encima de uma caixa de madeira, gritando a um grupo coisas que eles “precisavam” acreditar. Apontava, xingava, dizia: “Vocês precisam abrir os olhos”, “vocês precisam entender”. Que bom que nosso mundo evoluiu, pois naquela época Didacus foi apedrejado e morreu devido aos ferimentos.
Muitas vidas em um só ser – Caso real da regressão
Quando Carlos esteve naquela aula, o professor agiu de forma correlata com o Didacus, que viveu na época medieval. Na espiritualidade não existe tempo, então, Carlos, naquele momento, virou Didacus e ficou revoltado com a situação, pois como assim ele foi apedrejado e morreu e o professor está fazendo a mesma coisa e não está acontecendo nada? Vibracionalmente, Carlos encarnado na vida atual estava sintonizado com Didacus, devido ao registro existente no corpo emocional.
Didacus/Carlos precisava aprender uma lição.
A lição de Didacus
Na Terapia Reencarnacionista, Carlos foi sintonizado com Didacus naquele momento do apedrejamento. Didacus sofreu muito, pois os ferimentos inflamaram e Didacus morreu na época a míngua, através de gangrenas. Após a morte do envoltório físico, Didacus ficou preso naquele mundo (frequência), perseguindo aqueles que pensavam o contrário e o apedrejaram, até o momento em que a Mãe de Didacus apareceu, de braços abertos, envolta numa luz o convidando para um abraço. Neste momento, a Terapia Reencarnacionista atua para tirar o ser daquele ponto vibracional e levá-lo ao que chamamos de ponto ótimo, ou resumidamente, curar a emoção conflitante e limpar esta parte do corpo emocional.
Didacus emocionado, abraçou sua mãe, aceitou aquela energia que tirava suas dores e adormeceu.
Didacus no plano espiritual
Durante a regressão, quando Didacus acordou estava num hospital. Uma luz verde pairava acima do seu corpo e chegou uma senhora, muito simpática, e ofereceu para Didacus uma água. Uma longa conversa se estendeu sobre o fato que Didacus havia morrido e estava em outro plano, chamado espiritual, mas que com o tempo, entenderia tudo. Quando ele tomou, esta água parecia ter renovado sua energia. Sentiu-se, parecia, mais jovem. Depois de algum tempo e muita aceitação, Didacus se viu num jardim, sentado em um banco, observando as outras pessoas. Mas Didacus queria ficar isolado, pois não entendia ainda muito daquele lugar.
Eis que se apresenta sua mãe. Numa alegria transcendental, Didacus agradece sua presença, pois estava sentindo-se sozinho. Sua mãe lhe fala: querido Didacus, sempre foi muito amado e sempre estive contigo. Tens uma sabedoria muito grande e tens meios de ajudar milhões de pessoas, mas nada somos sem humildade. A humildade é o que nos faz aprender com o outro e ensinar. Com humildade, ensinamos desde o ser mais ignorante até o que se considera sábio, lembrando que, frente ao Criador, não sabemos nada e temos um longo caminho pela frente, até o retorno para a fonte que tudo é.
A humildade nos faz entender que cada ser tem sua trajetória, sua história e que a imposição, na verdade, é a busca incessante pela admiração e respeito do outro, quando bloqueamos nossos defeitos e ao nublar de nós mesmos os pontos onde precisamos melhorar, buscamos na aceitação e na admiração do outro a energia necessária, que estas emoções submersas em nosso ser sugam. Todas as emoções desconexas do amor precisam se alimentar para sobreviver.
Terás uma nova oportunidade na terra, para entender isso e enfim cumprir sua missão de levar luz, mas, sabendo que para levar luz, precisa doutrinar antes de tudo a escuridão do teu ser. Vamos conhecer a colônia, muitos amigos teus estão a tua espera.
Carlos após a regressão
Carlos, após ter sido retirado da sintonia daquela encarnação, viu-se livre da emoção conflitante do orgulho. Diz que sente-se livre, pronto para levar ao outro o amor que desenvolveu no seu ser e que este amor apenas cresce, quando respeitamos o outro e aceitamos o que o mesmo tem a nos ensinar. Entendeu o bloqueio que havia no seu ego. Entendeu enfim o significado da frase: fora da caridade, não há salvação.